Apesar dos avanços que conquistamos, sobretudo nas últimas décadas, ainda não somos independentes enquanto povo e nação. Sofremos com a ausência de medidas efetivas e contínuas capazes de curar nossas feridas sociais e colocar o país numa trajetória de desenvolvimento para que ocupe sua posição natural de líder da América Latina.
Um povo independente tem emprego, comida na mesa; vacina no braço; educação pública de qualidade; serviço de saúde que atenda a população na sua integralidade, no campo e na cidade; moradia digna; e liberdade para escolher e exercer seus direitos.
Uma nação independente defende e valoriza sua história de vitórias e superações, pois acompanhou o passo a passo para que pudéssemos ter uma mesa nutritiva em cada casa.
Não há independência sem cultura. E não existe cultura sem incentivo, valorização de nossas riquezas e a compreensão de que somos mais fortes quando olhamos com o coração para nossa pluralidade.
Afinal, a diferença é um dos segredos da resiliência e do nosso espírito de luta. Somos uma nação miscigenada, com brancos, pardos, negros e índios, cada um buscando sua própria independência. No entanto, só a conquistaremos se estivermos unidos e irmanados na construção do país.
A independência de uma nação se constrói com políticas que estimulem a produção, protejam os trabalhadores e defendam o mercado interno dos efeitos nocivos da globalização. Cabe ao governo coibir a concorrência predatória e incentivar as empresas aqui estabelecidas, inclusive as multinacionais, com a condição de que haja transferência de tecnologia.
Como dói saber do oceano que nos separa de responsabilidades essenciais como a preservação do meio ambiente e a proteção aos animais.
Em busca de sobrevivência e de liberdade, seguimos enfrentando um inimigo silencioso, que já fez mais de 580 mil vítimas e acentuou desigualdades no nosso país. Vamos vencê-lo juntos para que possamos continuar sonhando e lutando por nossa independência.