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“Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.”

Excertos do poema de Carlos Drummond de Andrade, escritos em 1940, parecem retratar a importância e o significado do seu papado. Faz pensar o quanto é importante o Governo de um justo.

Era 13 de março de 2013. Pouco antes de surgir na janela da Basílica do Vaticano para pela primeira vez se apresentar aos católicos e ao mundo como Papa recém escolhido, ouviu do seu amigo brasileiro Dom Claudio Hummes: “não se esqueça dos pobres”. Para esta missão escolheu o nome de Francisco para o seu pontificado e nunca esqueceu dos pobres.

Denunciava, seguindo a tradição profética dos Livros Sagrados, desde a indiferença dos governantes com o sofrimento do povo na pandemia, a perseguição política por meios jurídicos e até, nos dias atuais, a destruição da mãe Terra e a indiferença com o massacre e a guerra da fome em Gaza. Suas atitudes proféticas em prol da justiça e dos pobres desta terra foram cotidianas.

Este foi o motivo que o trouxe para perto do corpo e do coração da grande parte da humanidade e também foi o motivo da distância e incompreensão dentro e fora da sua Igreja. Foi o motivo de oposição dentro dos gabinetes das maiores potencias do mundo. Foi o motivo de seus momentos de solidão.

Com o seu papado compreendemos hoje, em toda a plenitude, que os ombros de Francisco suportaram o mundo / e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

Uma parte de nós chora com a sua Páscoa e a outra parte morre de saudades!

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