A defesa dos direitos das mulheres é uma bandeira que Ana Perugini carrega antes mesmo de iniciar sua trajetória política. Foi no parlamento, no entanto, que se consolidou como uma das principais lideranças em defesa da liberdade feminina no país, no enfrentamento à violência, ao fundamentalismo e na articulação de políticas de proteção à mulher em situação de violência, de estímulo ao empreendedorismo e à participação política.
Com um mandato sensível às necessidades das meninas, jovens e mulheres de Hortolândia – com destaque para a lei que instituiu o programa Bolsa Creche na cidade, para inserir a criança no ambiente escolar e garantir o direito da mãe trabalhar fora de casa -, Ana foi eleita deputada estadual e, na Alesp, foi coordenadora da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos da Mulheres, trabalho que permeou seus oito anos de mandato.
Única mulher do PT na bancada paulista da Câmara dos Deputados, no mandato 2015-2019, assumiu o protagonismo na defesa dos direitos das mulheres. Em março de 2016, lançou a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos Humanos das Mulheres.
O colegiado, composto por 200 representantes da Câmara dos Deputados e do Senado, foi criado para fiscalizar programas e políticas públicas governamentais, acompanhar a tramitação de projetos de lei com impacto nos direitos humanos das mulheres, atuar de forma articulada com os movimentos sociais e com a sociedade civil organizada, além de promover seminários, simpósios, debates e eventos pertinentes à discussão do tema.
“Ainda temos uma cultura de muito machismo no nosso país, com olhar de objeto sobre a mulher, que trabalha com uma máquina de lavar roupa e não detém direitos. Essa mulher não é vista em pé de igualdade nem no aspecto salarial nem no tratamento humano”, justificou Ana Perugini, coordenadora-geral da frente, que uniu o Congresso Nacional contra a desigualdade e a violência contra a mulher.
Por meio da Frente das Mulheres, Ana fortaleceu a luta para que homens e mulheres tenham tratamento igualitário na sociedade e levou o debate a estados e municípios. A parlamentar estimulou a criação da Procuradoria Especial da Mulher nas câmaras municipais e realizou uma série de atividades dedicadas ao empoderamento feminino.
No último ano de seu mandato na Câmara Federal, Ana Perugini foi eleita presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. Sua gestão foi marcada pela mobilidade do colegiado e o avanço no combate à violência doméstica, com o aprimoramento de leis como Maria da Penha (11.340/2006) e do Feminicídio (13.104/2015).
“Nós precisamos, também, sair desse espaço aqui para que possamos realizar audiências nos estados, onde o povo está em sofrimento”, disse Ana, após assumir a presidência.